Quem conhece pelo menos um pouco do Gellian, protagonista do Crônicas de Luthera, sabe que uma de suas características mais evidentes, desde as primeiras páginas, é a curiosidade. Agora, imagino que você, leitor, se identifique neste aspecto tanto quanto eu. Se a curiosidade matou o gato eu não sei, mas que ela vai te fazer descobrir que um livro também tem uma história por trás, pode ter certeza!
Certo, mas de onde surgiu a ideia de escrever? O que a maioria das pessoas não sabe é que os autores dessa incrível história medieval de alta fantasia são pai e filho. H.R Hikes, desde a infância, tinha contato com Role Playing Games (RPGs) e, como era uma criança criativa, não gostava de jogar com histórias existentes.
Foi a necessidade de criar uma história para mestrar RPG que fez Hikes, com apenas 12 anos de idade, pedir ajuda para o pai, Eddy Samadhi, o qual se surpreendeu com a profundidade da imaginação do filho aplicada no jogo. Os detalhes eram tão bem construídos que ele não duvidou que tudo aquilo poderia se transformar em um livro. O resultado do registro das histórias do filho é o romance Crônicas de Luthera: Gellian.
A magia, apresentada por alguns personagens da obra, ultrapassou os limites das folhas e agiu na vida dos autores no momento mais difícil da construção do primeiro volume. Isso porque, durante a separação dos pais do Hikes, o livro salvou a relação paternal, reaproximando ele e o pai, já que ambos estavam envolvidos no mesmo projeto literário.
Hoje, Eddy e Hikes são a prova de que a história por trás de uma arte pode ser tão linda quanto as narrativas de lutas entre um vilão e um herói, pois transparecem parceria profissional e amor em sua convivência. O pai confirma o carinho e o respeito presente na relação deles ao comentar como funciona o processo criativo e de escrita do livro: “O que nós dois gostamos entra, o que um de nós não gostar, sai.”
Por Letícia Mirelly.
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